Publica, parente! Apoie a produção indígena em Linguística
O Fundo do Texto Indígena é a ação afirmativa da BravaPalavra! em apoio à expressão escrita de estudantes, intelectuais e lideranças indígenas.
Reunindo doações de quem apoia o protagonismo indígena, a ação viabiliza a prestação de serviços de texto gratuitos, ou com grandes descontos, para esses autores e autoras.
Contribua com qualquer valor: faça uma doação única no pix textoindigena@bravapalavra.com, ou uma assinatura mensal neste link de pagamento.
Nos serviços de texto que você já realiza conosco, uma porcentagem do valor também é dedicada ao Fundo: solicite aqui o seu orçamento.
E, se você é indígena, entre em contato para agendar o tratamento do seu texto! Podem ser materiais de todo tipo: científicos, acadêmicos, técnicos, políticos, comerciais e literários.
Você é um dos pioneiros e pioneiras desta iniciativa?
Divulgue para autores indígenas e apoiadores; envie seu depoimento; e não esqueça de mandar sua contribuição pelo pix textoindigena@bravapalavra.com, ou fazer (neste link) a sua assinatura mensal com valor livre. Obrigada!
Relatórios de transparência
O relatório de transparência do Fundo do Texto Indígena lista os aportes e doações (com anonimato), os saques, rendimentos e demais movimentações dos recursos, a lista de quem contribuiu como cliente ou doador direto, e a lista dos autores e trabalhos indígenas beneficiados:
Relatório de transparência n. 01, de 31/07/2023
em breve:
Relatório de transparência n. 02, de 31/07/2024
Como essa ideia funciona?
De onde vêm os recursos do Fundo do Texto Indígena? Cada serviço regular realizado pela BravaPalavra gera uma contribuição automática ao Fundo. Ao contratar a revisão, tradução, normatização ou acompanhamento do seu texto, você já está apoiando esta ação afirmativa. Além disso, qualquer pessoa ou instituição aliada à causa indígena pode fazer contribuições de valor livre ao Fundo, pelo pix textoindigena@bravapalavra.com.
Para onde vai minha doação? Todos os aportes são aplicados em um investimento de renda fixa de tipo RDB (ou seja, sem risco, mais rentável que a poupança, e segurado pelo FGC - Fundo Garantidor de Crédito), exclusivamente dedicado ao Fundo do Texto Indígena, diretamente vinculado à conta bancária regular da BravaPalavra, rendendo 100% do CDI (de modo a mitigar a perda inflacionária) e com liquidez diária (ou seja, permitindo o saque imediato para cada novo serviço). Os rendimentos são apurados diariamente, nos dias úteis. Atualmente, ficam na casa dos centavos. São incorporados ao montante de recursos disponíveis para custear os serviços de texto para autores indígenas. O extrato dessas movimentações é divulgado nos relatórios periódicos de transparência do Fundo.
Não seria mais fácil simplesmente dar desconto aos autores indígenas? A BravaPalavra já oferece isenções e grandes descontos (de até 60%) para autores e autoras indígenas desde o começo. E sua fundadora, há muito tempo, realiza a revisão "pro bono" dos documentos, projetos e trabalhos acadêmicos de amigos, parceiros e interlocutores indígenas. O Fundo do Texto Indígena foi criado para ampliar essa capacidade de apoio, já que as ações voluntaristas ficam sempre limitadas pela necessidade de sustento pessoal dos revisores da BravaPalavra; e já que muitos autores - sobretudo alunos e alunas indígenas, que enfrentam grandes dificuldades de permanência estudantil, ou docentes indígenas da educação básica, geralmente contratados em situação precária - podem ter dificuldades para custear os serviços, mesmo com os grandes descontos. Com o Fundo, a BravaPalavra continua ofertando os mesmos descontos iniciais em todos os serviços de texto para autores indígenas. A diferença é que o valor restante pode ser subsidiado com recursos do Fundo, sempre que necessário, em vez de sair do bolso da autora ou autor. Esse mecanismo permite isenções maiores. E viabiliza a dedicação profissional necessária ao tratamento de excelência que esses materiais merecem.
O que acontece se houver recursos no Fundo, mas nenhum autor precisando? Os valores permanecem à disposição imediata, mas não ficam parados: têm rendimento diário a 100% do CDI, para mitigar a possibilidade da perda inflacionária. Na prática, entretanto, é mais comum que aconteça o contrário: a demanda por serviços tende a superar a capacidade de custeio do Fundo. Quando transcorram longos períodos sem demanda de novos serviços por parte de autores indígenas, a BravaPalavra fará amplas campanhas de divulgação para esse público. Afinal, também é do nosso interesse que esses recursos sejam movimentados, e que o portfólio de trabalhos indígenas apoiados pelo Fundo cresça continuamente.
E se houver autores precisando, mas nenhum (ou pouco) recurso no Fundo? Quando a demanda de autores superar a capacidade do Fundo, compõe-se uma lista de espera e realizam-se campanhas solidárias de arrecadação. Os próprios autores e autoras interessadas podem mobilizar sua rede de contatos, somando esforços com a rede de clientes, parceiros e apoiadores da BravaPalavra. Também é possível fazer campanhas dirigidas para viabilizar o apoio a um trabalho específico, seja planejando com uma antecedência confortável, seja agindo em caráter emergencial.
Posso fazer doações recorrentes? Sim! As contribuições recorrentes são bem vindas e muito necessárias, sobretudo neste momento inicial de consolidação da iniciativa. Enquanto preparamos as soluções técnicas para que você possa aderir a uma cobrança mensal automática, podemos desde já te ajudar a fazer uma doação recorrente via boleto bancário. Basta entrar em contato por zap (11-951738039) ou e-mail (textoindigena@gmail.com), informando seu CPF e o valor desejado (sugerimos 15 ou 35 ou 75 reais, mas enfatizamos que o valor é livre, e que pode variar de mês a mês).
Como os autores indígenas acessam o Fundo? Se você é indígena, basta entrar em contato por zap (11-951738039) ou e-mail (textoindigena@gmail.com), ou preencher o formulário de Orçamento aqui no site, para apresentar sua demanda e agendar o tratamento do seu texto. Receberemos sua mensagem com muita alegria!
Quais são os mecanismos de transparência para autores, doadores e parceiros? A BravaPalavra publica, nesta página, os relatórios de transparência do Fundo do Texto Indígena, listando os aportes (anonimizados), saques, rendimentos e demais movimentações dos recursos, a lista de quem contribuiu, e a lista dos autores e trabalhos indígenas beneficiados. Além disso, qualquer dúvida sobre a iniciativa pode ser enviada diretamente ao nosso e-mail ou whatsapp.
Por que o apoio ao texto indígena é uma ação afirmativa necessária? O número de indígenas matriculados no ensino superior no Brasil só cresce. Em 2013, o Ministério da Educação estimava que apenas 8 mil pessoas indígenas cursavam ensino superior. Mas, em 2019, o Censo da Educação Superior já registrou mais de 56 mil matrículas indígenas em graduação! Sem falar na crescente entrada dos indígenas na pós-graduação e nas vagas docentes do ensino superior e técnico. (Os dados vêm de meu artigo com os colegas do Ceunir-Feusp, disponível aqui: https://doi.org/10.1590/2175-6236118188.) Neste cenário de ativa afirmação das identidades indígenas nos centros de produção científica e intelectual, o Fundo do Texto Indígena da BravaPalavra presta um apoio ainda muito necessário a esses sujeitos pioneiros, no aspecto do seu letramento acadêmico inclusivo, considerando que o fortalecimento da sua expressão escrita é também o fortalecimento de sua mensagem, seu pensamento e sua ação. Além disso, lideranças, professores, escritores, intelectuais e ativistas indígenas produzem cotidianamente um sem-número de documentos e conteúdos, que expressam importantes perspectivas e demandas, afirmando direitos, análises e posicionamentos, ou produzindo materiais didáticos e criações artísticas, e assim compondo um quadro de vozes urgentes, relevantes e necessárias ao debate plural contemporâneo. Fortalecer a autoexpressão escrita dos povos e indivíduos indígenas é essencial para enriquecer a diversidade e a profundidade das discussões sobre os nossos problemas e as nossas realidades, no Brasil e no mundo! Quando escutamos e reverberamos as vozes ancestrais, todos nós temos muito a ganhar.